terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Um balanço. Pelo Coordenador da A.N.(A.).

Nas presentes circunstâncias o desafio que se nos coloca, imposto pela realidade da sociedade portuguesa, é efectuar um corte radical e absoluto com a herança, o passado e os órfãos das direitas nacionaleiras que nos precederam. É colher os ensinamentos e os contributos que trazemos dos combates e lutas em que nos integramos. É saber estar ao lado do Povo e com o Povo, sabendo-o ouvir. É, partindo de um núcleo firme de princípios e valores, em caso algum negociáveis, a Pátria, a Nação, a Identidade, a Tradição, a Memória, a Racialidade, a opção pela Vida e pela Família mas também o não em absoluto à Imigração ou ao pactuar com o Capital, saber que a luta se faz lutando e que é aí que se faz a aprendizagem do queremos ser. É saber encontrar um modelo autónomo de intervenção, consciente dos novos figurinos e realidades do mundo laboral, da colonização política, cultural e económica que nos é imposta por Bruxelas e descobrir uma prática revolucionária de inspiração não marxista mas que não seja alheia a este, e onde o Nacionalismo seja uma palavra de novo liberta dos pesos e tabus que carrega. O Nacionalismo não pode ser impeditivo mas razão de ser para uma acção política de cariz popular e socialista. Uma acção que parta dos cidadãos, que se mobilize e intervenha de costas voltadas para a farsa democrática desta 3ª. república parlamentar e burguesa, uma acção atenta ao País, atenta aos problemas reais do Portugal real.
A A.N.(A.), se calhar, tem crescido depressa demais. Tal não deve impedir uma reflexão serena e humilde sobre o onde e como estamos. Ao certo, neste momento, em que as lutas se multiplicam e radicalizam, aos teóricos preferimos os militantes anónimos como os que no Porto, a propósito do Bolhão trabalharam de forma consequente, empenhada e exemplar. Ou os que nas Faculdades têm intervido na preparação das lutas universitárias. Todos eles alheios a holofotes ou aplausos. Todos eles com a certeza que no nosso Movimento não haverá espaço para o oportunismo de quem nunca está e quer depois apanhar o comboio em andamento. Eles, os militantes, são o nosso futuro porque somos um Movimento de militantes, de rua, para a rua, porque só esses fazem falta ao Nacionalismo Revolucionário!
A terminar, um apelo: amanhã, todos a Lisboa na entrega da petição relativa ao Mercado do Bolhão. Porque o Bolhão é nosso, porque o Bolhão é do Povo!