sábado, 16 de fevereiro de 2008

Mercado do Bolhão.

A nossa presença na concentração hoje realizada junto ao Mercado do Bolhão, onde também estiveram presentes membros do MPP e de diversas organizações autónomas, mas onde se notaram a ausência quer dos partidos institucionais quer dos que se reclamam de representantes da "direita", simboliza o corte que na A.N.(A.) queremos efectuar com a direita histórica portuguesa, essa direita reaccionária, enfatuada e burguesa que desprezamos ou essa direita mais ou menos delinquente de que tudo nos separa. Que fique claro considerarmos, no nosso Movimento, ser inevitável o desencadear de um processo revolucionário permanente que crie as condições essenciais, a longo prazo, para a realização da Revolução Nacional. Não será aqui que iremos, hoje, abordar esta questão. Apenas queremos insistir e relembrar que ao contrário dos velhos nacionaleiros do costume, para nós, longe dos partidos e da farsa democrática parlamentar, a Luta, ou o processo revolucionário faz-se todos os dias, passo a passo, na rua, preferencialmente ao lado dos trabalhadores. Nas pequenas grandes causas comuns, procurando estar atento aos sinais latentes de uma profunda crise social objectiva. É aí que se encontra o nosso espaço de intervenção e combate. Perceba-se claramente que, para nós, o processo revolucionário nacionalista não é algo abstracto, mais ou menos teórico e alheado ou indiferente aos dados concretos de uma correcta análise à realidade que vivemos. Apatia, alheamento, desmobilização, medo, mas também muito desencanto e muita revolta. É na forma como nos situamos perante estes factos que se irá determinar o carácter nacional revolucionário do nosso Movimento. A Luta e a Resistência não são nem podem ser meras abstracções. A Luta faz-se lutando, a Luta faz-se pela luta revolucionária e essa faz-se contra a impotência da Democracia, ao lado do Povo. Hoje, no Mercado do Bolhão. Mas onde nos chamar no futuro o Combate. A realidade. O Ensino e a Escola Pública, a Justiça, a Saúde, o Desemprego, a Precaridade, a Pobreza, as questões Ambientais ou as mobilizações sindicais. Face a um Estado em colapso e ao avanço voraz dos interesses do Capital, ousar Resistir e ousar Lutar.