Chegados no poste anterior a um levantamento breve das questões essenciais em discussão, somos obrigados a tirar conclusões. A indisciplina na Escola não se revoga com nova legislação, bem como a degradada postura e figura social do professor.Também a sobrelotação e degradação dos espaços e estruturas escolares, o conteúdo ridículo dos manuais ou os horários sobrecarregados com disciplinas sem sentido. O problema está no Governo, sim, como na Ministra, nos professores, mas também nos pais e nos alunos, vítimas da ausência de uma política mais vasta de protecção e apoio à Familia. Onde pais e alunos possam também eles participar, de facto, na gestão escolar. Não nos interessam remessas de alunos com o 12º. ano tirado quase administrativamente. Ou a existência de um regime de faltas que permita e incentive a falta de princípios de trabalho e de mérito, tão características da dita Escola inclusiva e multicultural. Uma Escola onde se saneia a aprendizagem da Língua ou da Filosofia. Queremos uma Escola Pública e não empurrar minorias com vantagens económicas e sociais para o Ensino Privado. Por isso às lutas avulsas dos professores dizemos não, com a certeza de que a solução não é já uma questão de reformas ou cedências mais ou menos negociáveis. Fundamental é mudar o Regime. Este Regime e esta República. A mesma que agora é contestada nas ruas pelos que a servem, criaram a situação e dela vivem. A burguesia liberal e reaccionária, a do pântano de tanga. Não se reforma o que não tem reforma. Isso, Camaradas, são balelas a lembrar o velho marcelismo da União Nacional com retoques esquerdalhos!